alwaysmari
Originally written in Italian. Translated by Eduarda.
Eu realmente não sei como começar minha história.
Eu nasci e fui criada numa cidadezinha na Itália. Eu sempre achei enviar cartas fascinante. Eu acho que é uma das melhores maneiras de manter contato com as pessoas, de ler pedaços de papel que poderiam não ser nada, mas se tornaram algo, fazendo você sorrir ou chorar lágrimas de alegria e também de dor.
Eu lembro quando eu estava no segundo ano, doze anos atrás. Minha turma era cheia de crianças que eu amava, mas uma delas era mais especial que as outras. Se eu fosse mais velha naquela época, eu poderia ter dito que eu amava ele (amor por uma pessoa que você está atraído). Essa foi a primeira vez que eu defendia alguém tão amorosamente, caso algo acontecesse.
Quando nós estávamos no quarto ano, ele se mudou para Marche, mais de 550 quilômetros de onde eu morava. Eu ainda amava ele ainda mais do que todas as outras crianças. Em um lindo dia de primavera, enquanto eu estava chegando em casa depois de um dia na escola, eu percebi que minha mãe estava com um pedaço de papel em mãos. O papel quase parecia com uma carta, e era uma carta.
Aquela carta era para mim, enviada pelo meu querido amigo que tanto amei.
Desde aquele dia, nós continuamos a trocar cartas.
A melhor coisa de tudo isso, além da adrenalina de receber algo do correio, foi encontrar, em um canto do meu quarto, uma caixa cheia de cartas que eu tinha quase esquecido depois de vários anos, cartas que continuavam a me dar alegria e felicidade, mesmo depois de tantos anos.
Eu espero que o Slowly possa fazer as pessoas que não foram tão sortudas de trocar cartas de papel com pessoas que elas amavam, a também sentirem essa emoção, mesmo que as pessoas que elas amam tenham se mudado.
A tecnologia e o desejo de continuar conectados pode tomar seu lugar.
Eu estou no Slowly faz bem pouco tempo, mas reviver tal experiência mais uma vez, faz meu dia mais feliz.
Usar a tecnologia para uma coisa tão linda é algo fantástico.
Obrigada Slowly