Originally written in English. Translated by Natasha Viana.
Esta história começou há dois anos. Naquela época, eu era apenas um estudante do ensino médio normal que queria praticar minhas habilidades em inglês. Eu vagava pela Play Store e encontrei um aplicativo interessante. No entanto, tenho uma personalidade altamente introvertida que me impede de conversar, especialmente em aplicativos online. Então, desisti de encontrar um aplicativo de conversa e, coincidentemente, encontrei o Slowly. Naquela época, lembro-me de como gostei do design simples e claro dele. E o melhor: não exigia uma foto minha, algo que eu detesto.
Avançando, baixei o aplicativo e comecei a escrever uma carta. Escrevi para dois destinatários aleatórios, mas infelizmente nenhum deles respondeu. Fiquei pessimista e pensei em desistir novamente. No entanto, algumas semanas depois, recebi algumas cartas. Eu sou do tipo que adora cartas longas porque demonstram consideração e pensamentos profundos. Foi assim que conheci o Nick.
Nick foi o primeiro a me enviar uma carta. Temos a mesma idade, então nos identificamos muito com a vida cotidiana um do outro. Nick morava na Itália e eu na Indonésia. Tínhamos origens muito diferentes, mas é engraçado pensar como a vida adolescente basicamente lida com as mesmas coisas. Naquela época, eu estava no último ano do ensino médio e estava muito estressada e ansiosa com meu futuro. Eu adorava ‘conversar’ com o Nick porque podia escrever o que quisesse sem sentir pressão. Sempre compartilhávamos nossas músicas favoritas no final de nossas cartas e discutíamos sobre elas na próxima carta. Tínhamos gostos musicais diferentes, mas isso não nos impedia de manter contato um com o outro.
Às vezes, nenhum de nós estava disponível. Houve momentos em que desinstalei o aplicativo e Nick deixava minhas cartas sem resposta por meses, e ele fazia o mesmo. Mas depois de algum tempo, acabávamos nos reconectando e voltando a escrever um para o outro. Não sei as palavras adequadas para descrever meu relacionamento com o Nick, porque de alguma forma parece que somos mais do que amigos. Sempre nos encontrávamos de novo, sempre estávamos lá um para o outro. Talvez “almas gêmeas” seja o termo certo para nós, espero. Sempre respeitei a vida privada do Nick e fiz o meu melhor para perguntar antes de falar sobre sua família, seus problemas ou suas respostas. E ele fazia o mesmo, o que era ótimo.
Nos últimos dois anos, muitas coisas aconteceram. Acho que o Nick sempre me confortou nos momentos difíceis. Fico feliz que o Slowly tenha nos unido. Espero poder sempre escrever uma carta para o Nick. Às vezes, penso no que seria encontrar o Nick na vida real. Seria maravilhoso, não é? Mas já estou feliz em conhecê-lo assim. Então, não acho que conhecê-lo pessoalmente seja tão importante para mim. Estou feliz assim e espero que o Nick também esteja.
Tenham todos um bom dia!
